O que um carro, uma joia e seu organismo têm em comum? Todos envolvem processos químicos, espontâneos ou não, em que ocorre transferência de elétrons. A área que estuda esses fenômenos é a Eletroquímica, ramo da Ciência que beneficia as indústrias ao observar processos como o de corrosão, modificação de material em contato com o meio. A área é aplicada na produção de sensores, cromagem de peças, produção de semijoias, produtos sanitizantes, como cloro e soda, e até na produção de combustível como o hidrogênio.
Consultor de Negócios do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica, Paulo Roberto Dantas Marangoni aponta que a presença da Eletroquímica se faz presente em nosso dia a dia desde quando pegamos nosso celular e olhamos as horas no relógio até o momento em que chegamos ao trabalho e ligamos o computador. Todos esses dispositivos com bateria, desconectados de uma fonte de energia elétrica, oriunda de uma central geradora, realizam processos ligados a essa área da Ciência. “Para que a energia chegue a sua casa, ela também depende de sistemas de segurança que são compostos de bancos de acumuladores de energia, nos quais a Eletroquímica também está presente”, complementa o especialista.
Isso não significa que o ramo da Eletroquímica deva ser dissociado de tecnologias mais complexas. Outras áreas em que ela é aplicada incluem sistemas de acumulação de energia que mantêm dispositivos como marca-passos. Além disso, vem sendo estudada a geração de energia por meio de células a combustível.
Na prática da Indústria
Para o gerente de Produção da Circuibrás, Hector Pesaola, a Eletroquímica pode melhorar qualquer processo da empresa. Ao evitar a corrosão, protege instalações e máquinas. Além disso, ao aprimorar o uso de pilhas e baterias, pode ajudar na economia da indústria.
O profissional procurou o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica há cerca de um ano porque a fabricação de circuitos tem um processo eletroquímico que precisa ser controlado. Mais especificamente, é preciso saber se a concentração de aditivos dentro do banho de cobre eletroquímico está na especificidade permitida. Antes de procurar a instituição, a análise era feita em São Paulo, mas o trânsito de uma semana comprometia os resultados. “O Senai no Paraná tem um aparelho, o segundo no Brasil, específico para fazer análises CVS (Cyclic Voltammetric Stripping) e os resultados ficam prontos no mesmo dia”, diz Pesaola.
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