De acordo com as Nações Unidas, as mulheres representam um terço (33%) dos pesquisadores em nível global. Por outro lado, na América Latina e Caribe, segundo o relatório “Uma equação desequilibrada: aumentar a participação das mulheres na STEM na LAC”, publicado em 2022 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, em parceria com o Escritório Regional da UNESCO para a Ciência na América Latina e Caribe (ALC), na ALC, 46% dos pesquisadores são mulheres, muito acima da taxa global de 33%. 

São por esses e outros números que, em 2015, a Assembleia das Nações Unidas instituiu o dia 11 de fevereiro como o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. Sob a liderança da Unesco e da ONU Mulheres, a data tem como objetivo dar visibilidade ao papel e às contribuições fundamentais das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica. 

“Em 2022, eu presenciei uma mulher, nordestina, negra e jovem, ganhando um prêmio nacional, como a melhor estudante de nível técnico do Brasil, e conquistando a vaga para representar o nosso país no exterior, em Tecnologias da Água. E isso é só a ponta do iceberg, para mostra que, sim, as jovens mulheres também podem fazer um Curso Técnico e também podem trilhar uma carreira voltada para a pesquisa e para o desenvolvimento de projetos”, diz a Química pós-graduada em Meio Ambiente Industrial Thaís Carolinne Martins dos Santos, técnica de ensino para os Cursos Técnicos de Química e Biotecnologia do Senai Paraná. 

Thaís lembra também da conquista da egressa Louise dos Santos Desidério que, em 2017, com o 4º lugar na maior competição de nível técnico do mundo, realizada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, demonstrar todos os processos que acontecem em uma estação de tratamento de água.

“Louise rompeu barreiras ao ficar entre os melhores do mundo na área de tecnologia e tratamento de água. Para mim, como professora, foi extremamente emocionante essa conquista e é algo para ser lembrado e que serve de exemplo para todas as nossas alunas e alunos também”. 

Presença feminina em alta - Paraná é 3º no ranking com presença feminina no setor industrial 

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), referentes a 2022, o Paraná é o quarto estado brasileiro que mais empregou trabalhadores na indústria, fechando o ano com 15.271 posto de trabalho, atrás apenas de Rio Grande do Sul (22.279), Minas Gerais (27.348) e São Paulo na liderança (72.823).  

Se olharmos o recorte pelo ponto de vista da participação das mulheres, o Paraná sobe para a 3ª posição no ranking, com 47% de mulheres empregadas no setor industrial, à frente de São Paulo (42%), e atrás apenas de Rio Grande do Sul (51%) e Minas Gerais (50%). 

Curso Técnico é porta de entrada para o mundo do trabalho 

“O curso técnico é uma porta de entrada para o mundo do trabalho e para a indústria e é completamente óbvio que as mulheres têm sim uma capacidade de raciocínio lógico tão boa quanto os homens, o que é essencial para a área de Química e Biotecnologia (exatas e tecnologia)”, afirma Thais. 

“As disciplinas que leciono têm uma relação muito estreita com o mundo da pesquisa. São disciplinas que fundamentam a precisão das análises realizadas em laboratório e que têm relação direta com dados estatísticos; importantíssimos para embasar a veracidade e a precisão dos resultados de pesquisa”, completa. 

As jovens mulheres vêm com tudo para a área da pesquisa 

“Como mulher e negra, o meu coração se enche de alegria quando recebo feedback de ex-alunas relatando que, por minha causa, entendem que podem superar as barreiras e dificuldades que a pesquisa no Brasil impõe e acabam admitindo que sentem muita vontade em estar por trás de grandes pesquisas, sejam elas em universidades como também em indústrias privadas”, diz a técnica de ensino. 

Trabalhar com pesquisa é trabalhar com resiliência 

“Eu sempre lembro as minhas alunas que ser mulher é ser resiliente e isso é fundamental na hora de se ver como pesquisadora. Essa é uma característica marcante e natural das mulheres e é realmente um diferencial para o mercado de trabalho”, comenta. 

Inicie a sua carreira como pesquisadora com a gente! 

Você também pode trilhar uma carreira no mundo da pesquisa, assim como a técnica de ensino Thaís e muitas outras mulheres, colaborando para aumentarmos, cada vez mais, os índices femininos nos rankings de pesquisadores globais e para América Latina e Caribe, como trouxemos no início desse texto. 

De acordo com o Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, o Paraná precisará qualificar 833,5 mil pessoas em ocupações industriais até 2025. Desses, são 124.954 exclusivamente em nível Técnico e, entre as áreas com maior demanda por formação profissional estão os Técnicos de Apoio em Pesquisa e Desenvolvimento. 

Você pode começar agora! 

Os Cursos Técnicos do Senai Paraná estão com matrículas abertas em 35 unidades estrategicamente posicionadas em todas as regiões do estado. Você pode conferir toda a relação de Cursos Técnicos do Senai Paraná clicando aqui.