As medidas de apoio à inovação anunciadas no mês de março de 2013 pela presidente
Dilma Rousseff, representam um avanço importante para o país, na medida em que é consenso de que o Brasil
precisa inovar, desenvolver tecnologia e agregar valor aos seus produtos para que a indústria nacional possa ser mais
competitiva, tanto em nível nacional quanto em nível mundial.
Paralelamente ao anúncio
do Plano Inova Empresa, a Confederação Nacional das Indústrias – CNI - firmou um acordo de cooperação
técnica com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) com o objetivo de promover a inovação empresarial
por meio dos Núcleos de Inovação das Federações das Indústrias e Institutos Senai
de Tecnologia e de Inovação. A ideia é viabilizar planos de trabalho específicos para identificar
as demandas de inovação empresarial que possam receber apoio do BNDES. Essa ação é um indicativo
de que para a CNI, a inovação é decisiva para a indústria brasileira agregar valor às várias
fases da produção, criar mais e melhores empregos, aumentar a produtividade
e ganhar em competitividade.
Para enfrentar o desafio da inovação, a CNI criou, em 2008, a MEI – Movimento Empresarial de Inovação, do qual participam a iniciativa privada e o Governo Federal. A iniciativa objetivou colocar a inovação no centro da estratégia das empresas, como forma de estreitar o diálogo com o governo e participar da elaboração das políticas públicas de apoio ao desenvolvimento tecnológico da indústria.
Como forma de consolidar a cultura da inovação na indústria e sensibilizar que mais empresas façam da inovação uma prática constante, foi criada a Rede de Núcleos Estaduais de Inovação. Atualmente, a rede tem 25 Núcleos Estaduais de Inovação.
Outra contribuição do Sistema da Federação da Indústria para o fortalecimento da inovação no Brasil está sendo a criação de 23 Institutos Senai de Inovação (ISI) e de 61 Institutos Senai de Tecnologia (IST), resultado de investimentos de quase R$ 1,9 bilhão. Na primeira fase foram criados 9 ISIs.
Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica
No Paraná, foi criado o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica - ISI Eletroquímica - com atividades de projetos com a indústria iniciando no segundo semestre de 2013. Para garantir a qualidade na implantação dos ISIs, o Senai estabeleceu um acordo para receber a colaboração de especialistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos, e da Sociedade Fraunhofer, da Alemanha, para ajudar na elaboração dos planos de ação. Workshops mensais tem sido realizados com a equipe Fraunhofer desde 2012 para refinar as ações da atuação dos ISIs junto a Indústria Nacional.
Em termos de infraestrutura, para o ISI Eletroquímica, já foram comprados mais de R$ 5 milhões em equipamentos, de um total previsto de R$ 15 milhões, voltados para atuar em temas ligados a Eletroquímica Aplicada a Indústria, isto é, alinhados às necessidades do setor produtivo, e também na antecipação de tendências tecnológicas. A rede de inovação vai operar de forma integrada com os ISI e IST e obviamente, fazendo uma intermediação entre a comunidade acadêmica e a indústria.