1º Summit de Inovação reúne empresários e representantes da indústria
O 1º Summit de Inovação, promovido pelo Senai Paraná, aconteceu nesta quarta-feira (25) no Campus da Indústria em Curitiba. O evento contou com a presença de empresários, executivos de grandes indústrias, o vice-governador do Paraná, Darci Piana, e representantes de outros órgãos públicos. Além destes convidados especiais, o encontro foi contemplado por duas palestras instigantes. Beia Carvalho e Eduardo Lyra – ela, palestrante de Inovação, Futuro e Gerações, ele, fundador e CEO da Gerando Falcões. Todo o conteúdo foi transmitido aos colaboradores do Sistema Fiep, por meio de uma live. A sociedade, tecnologia e a inovação foram os temas abordados ao longo da manhã.
“A presença destes convidados gera muita reflexão, pois são líderes que podem transformar a vida de outras pessoas. Desta forma realizamos um pacto, para a entender que a tecnologia pode mudar a sociedade. Através de uma indústria mais tecnológica e inovadora, nós podemos pagar salários melhores, ampliar nossa capacidade produtiva e impactar até mesmo o meio ambiente”, disse Fabrício Luz Lopes, gerente de Tecnologia e Inovação do Sistema Fiep.
O presidente do Sistema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, também considera o encontro de empresas e do Senai Paraná fundamental para o enriquecimento da indústria. “Uma evolução importante. O Senai foi criado para realizar a qualificação da mão de obra para a indústria. Há dez anos nós começamos um novo movimento, com a criação dos institutos, justamente pensando na inovação e na tecnologia, temas que estão cada vez mais relacionados a indústria. É um novo pilar”, reforçou.
Uma nova visão do futuro e sociedade
A tecnologia é a chave da renovação
em nosso modo de viver e por meio dela atingimos outros patamares sociais. Beia Carvalho, futurista
e influenciadora da empresa de tecnologia SAP, abordou o ‘futuro’ em sua palestra, para que os convidados refletissem
sobre as mudanças e a velocidade em que elas acontecem. “Quando fechamos os olhos para o futuro, achamos que
tecnologia são coisas e que a internet é somente uma rede social. Desta forma nos divorciamos, ficamos defasados
diante das tecnologias de inovação. O futuro não é uma continuação do presente e
é plural, pois tem infinitas possibilidades. Inclusive podem existir vários futuros, para vários tipos
de coisas. Estamos em um século complexo e precisamos enxergar isso, pois isso depende da velocidade das mudanças
e ela está cada vez mais elevada. Mudamos a sociedade com ações e só transformadores
transformam”, disse a futurista durante palestra.
Eduardo Lyra, fundador e CEO do Instituto Gerando Falcões, falou sobre sua jornada de superação da pobreza. Para se tornar um empreendedor social de sucesso, Lyra percorreu uma longa caminhada. O ativista trouxe uma reflexão sobre coragem, enfatizando que é preciso se entender como parte do problema e parte da solução em relação a desigualdade. “Esse evento é para uma oportunidade para despertar ainda mais a coragem em nós enquanto sociedade brasileira. Na vida não importa de onde você veio, mas sim para onde você vai. Isso serviu para mim e serve para o Brasil, serve para a nossa história. A gente, como ser humano, é tentado a acreditar que o hoje vai sentenciar o nosso amanhã e isso é um erro. O Senai e as empresas abrem portas para a tecnologia, para ganhar o Brasil e isso serve de ferramenta para combater a desigualdade. Toda inclusão é um milagre, isso acontece porque alguém quis abrir a porta”. Sua palestra emocionou quem acompanhava o evento. Em um dos momentos Lyra ainda pediu para que a plateia se olhasse e repetisse: “é possível”, gerando motivação aos convidados que fazem parte da transformação da sociedade por meio da indústria.
Fabiane Franciscone, superintendente do Sesi e do IEL no Paraná e diretora regional do Senai, reforçou a importância da igualdade. “Hoje, 80% das pessoas são desligadas de suas funções por questões comportamentais. Por isso é cada vez mais urgente buscarmos a harmonia entre a transformação tecnológica e as pessoas. Não podemos nos conformar com as desigualdades e precisamos buscar um mundo mais igualitário. E nesse quesito, o Sesi e o Senai, por meio da educação, têm muito a colaborar”
Ainda durante o Summit, o Senai e a CTG Brasil lançaram uma nova chamada para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de armazenamento de energia em grande escala para uma economia de baixo carbono. Empresas e startups nacionais e internacionais podem se inscrever pela Plataforma Inovação para a Indústria. Ao todo, R$ 24 milhões serão destinados para o financiamento dos projetos, por meio de recursos próprios e do programa de Pesquisa & Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
“O assunto energia vem sendo colocado em pauta cada dia mais e o Brasil é referência em energia renovável, com um grande potencial de exportação. A CTG procurou o Senai por conta da nossa rede de institutos, que são extremamente qualificados para essa demanda. Desta forma podemos trabalhar em conjunto para ter uma sociedade mais sustentável”, disse Jefferson Gomes, diretor de inovação da CNI.
A ação será coordenada pelo Instituto SENAI de Inovação em Eletroquímica, no Paraná, e terá um papel fundamental na estruturação e curadoria dos projetos recebidos de acordo com o edital. Os resultados esperados são o desenvolvimento local e nacional, com a cocriação de soluções personalizadas em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I).
Presença da indústria
Nelson Saito, fellow de Novos Negócios e Startups da Furukawa Eletric Latam, considerou o evento extremamente relevante. “É muito importante falar de inovação dentro do mercado paranaense. Para uma empresa como a nossa, uma multinacional japonesa com mais de 140 anos de trabalho, é essencial contribuirmos com os processos de inovação. Dentro da nossa área a inovação é fundamental e é um ciclo muito rápido. Nós e o Sistema Fiep, por meio do Senai, temos uma parceria de longa data”, relembrou Saito.
Para o Grupo Boticário o Summit proporcionou uma oportunidade para discutir temas fundamentais para as empresas. “A discussão sobre o futuro – que provocou a reflexão de que precisamos estar em constante mudança – e uma visão sobre a sociedade foram temas essenciais. Com os representantes de vários setores presentes, conseguimos, todos juntos, olhar para um horizonte mais benéfico dentro do contexto social em que vivemos hoje. Em um ecossistema de parceria, conseguimos direcionar esforços para um futuro e um Brasil melhor”, concluiu Rodrigo Makowiecky Stuart, gerente de inovação aberta do grupo.