5 tendências de inovação no mercado de papel e celulose

Notícias09/10/2020
Instituto Senai de Tecnologia em Celulose e Papel, localizado em Telêmaco Borba, apoia indústrias do setor com pesquisa aplicada e projetos de inovação
Imagem sobre 5 tendências de inovação no mercado de papel e celulose

Mesmo com o aumento da digitalização de produtos e serviços, a indústria de papel e celulose continua sendo estratégica para a economia brasileira, representando investimentos, geração de empregos, renda e arrecadação de tributos. Alinhadas às tendências emergentes, as áreas de pesquisa e desenvolvimento do setor têm buscado soluções inovadoras e, para isso, contam com o Instituto Senai de Tecnologia em Celulose e Papel, localizado em Telêmaco Borba.

“O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking dos países produtores de celulose e é o maior exportador do mundo dessa matéria-prima. O setor de produção de celulose é formado por grandes players, mas a cadeia também conta com fábricas de papel, convertedores e fabricantes de papelão, além dos fornecedores para o setor, que são principalmente empresas químicas. Como se trata de uma cadeia muito grande, qualquer avanço na otimização do processo, gerando ganho de produtividade ou na qualidade do produto final, impacta em resultados consideráveis na produção total. Os projetos de inovação garantem o avanço de tecnologia no setor, para continuar liderando posições no mercado mundial”, afirma Adriane de Fátima Queji de Paula, coordenadora do IST em Celulose e Papel.

O Instituto Senai levantou algumas tendências que já podem ser observadas e deverão se intensificar no setor: 

  1. Utilização de fibras celulósicas em substituição ao plástico

Considerando a longa decomposição do plástico, muitos produtos já estão procurando soluções em papel, que tem um tempo de degradação muito menor. 

  1. Barreiras para papel (sem derivados de petróleo)

Derivados de petróleo, como polietileno, são utilizados em aplicações que exigem resistência à água, mas cresce a busca por soluções biodegradáveis. 

  1. Valor agregado a subprodutos

Há uma tendência de aproveitamento de subprodutos, com uso de lignina, finos, cascas, areia das caldeiras, entre outros. Além do fator de sustentabilidade, a empresa pode obter receita a partir da venda dos produtos. 

  1. Aplicações para nanocelulose

A nanotecnologia de uma maneira geral é uma tendência na indústria e a nanocelulose tem uma característica de resistência mecânica que pode ser útil em aplicações diversas. 

  1. Controle crítico para manutenção preditiva

Com uso de inteligência artificial, a manutenção preditiva pode ser ainda melhor desenvolvida, afinando a medição e armazenagem de dados, antecipando falhas e quebras, com menor perda de produção.

 

O Instituto Senai de Tecnologia em Celulose e Papel

De 2013 a 2020 o Instituto já aprovou junto às indústrias 38 projetos de inovação, sendo que 13 deles estão em fase de execução e os demais já foram concluídos.

Instituto Senai de Tecnologia em Celulose e Papel

O IST em Celulose e Papel faz parte de uma rede de sete institutos de tecnologia do Senai presentes no Paraná e oferta ensaios laboratoriais e relatórios técnicos para o setor de celulose e papel; pesquisa aplicada e projetos de inovação; desenvolvimento de novas aplicações para resíduos lignocelulósicos e aproveitamento de resíduos. “O setor de celulose e papel é bastante específico, então muitas vezes tem dificuldades de encontrar apoio com expertise voltada ao seu processo ou produto. O IST em Celulose e Papel atua na prestação de serviços como ensaios, consultorias tecnológicas, pesquisas e projetos de inovação focados neste segmento”, afirma Adriane.

Em setembro, o Instituto inaugurou suas novas instalações. A estrutura conta agora com sete laboratórios dedicados exclusivamente para o desenvolvimento de pesquisa e inovação: laboratório de fabricação de celulose, laboratório de microbiologia, laboratório instrumental, laboratório químico, laboratório de testes físicos e laboratório de nano e biotecnologia. A equipe técnica é formada principalmente por engenheiros químicos, com vasta experiência no processo de fabricação de celulose e papel e a capacidade técnica para otimização do processo e utilização de químicos auxiliares.