45 startups já aceleradas e mais 13 em processo de aceleração. Juntas, as startups em operação geram 353 postos de trabalho e, até 2021, recolheram mais de R$ 4,9 milhões de impostos, faturaram mais de R$ 111 milhões e captaram mais de R$53 milhões de recursos – o dado é de 33 startups que responderam à consulta feita pela aceleradora. Essa é a representatividade e força da aceleradora do Sistema Fiep, que no mês de dezembro comemora 10 anos desde sua fundação. Desde 2011, o espaço promove o empreendedorismo industrial em startups, cria e desenvolve negócios inovadores e, mais que isso: investe em novas tecnologias, ideias e projetos para aumentar a competitividade e produtividade da indústria paranaense, brasileira e até mundial.

Para comemorar a data, o Sistema Fiep realizou nesta quinta (02) um evento de celebração. Nele, estiveram reunidos colaboradores da instituição, representantes de startups aceleradas, conselheiros e parceiros do ecossistema de inovação. Uma palestra do Wôlney Betiol, fundador da Synapse Venture Capital e Co-fundador da Bematech, deu início ao evento. Na sequência, aconteceu o painel Aceleradora: Conexões que impactam, com Felipe Couto, Gerente de Consultorias de Inovação e Produtividade do Sistema Fiep, Gladys Mariotto, CEO e fundadora da Já Entendi, Wyslla Araujo Gyzik, gerente comercial da Adam Robo, Raphael Traticoski, CEO da GrowinCo, Nicolás Ferreira MO & Socio Fundador da Phage Lab e João Guetter, investidor anjo e conselheiro do programa de scaleups da aceleradora. Após o painel, os convidados tiveram um momento para networking e interação.

Para Fabrício Luz Lopes, gerente executivo de Tecnologia e Inovação do Sistema Fiep, durante 10 anos o Sistema Fiep acelerou novas empresas, desenvolveu novas startups gerando emprego e valor para a economia do Paraná, mas, mais que isso: conectou essas novas empresas do novo cenário econômico mundial às indústrias, tão importantes para o desenvolvimento econômico e social do Paraná. “Comemorar os 10 anos da aceleradora do Sistema Fiep é muito significativo para nós, porque é a concretização de um sonho: de que a Federação das Indústrias podia liderar, através do Senai e do IEL, um movimento de empreendedorismo de alto impacto dando às indústrias do estado acesso às startups”, conta Lopes.

A década de trabalho resulta em conexões e negócios que nasceram no Sistema Fiep, se desenvolveram e concretizaram, oportunizando uma sociedade melhor e uma indústria mais competitiva. “É um momento de celebrar, mas de pensar que nos próximos 10 anos nós precisamos ganhar muito mais volume, trazer muito mais empresas e conectar essas empresas da nova economia às indústrias que desenvolvem a economia do Paraná e do Brasil”, lembra o gerente.

Segundo Felipe Couto, Gerente de Consultorias de Inovação e Produtividade do Sistema Fiep, a celebração dos 10 anos da aceleradora é um marco. “A gente tem sonhos renovados, desafios ampliados para fazer que em 2031 a gente possa ter o mesmo olhar que estamos tendo hoje com o reconhecimento, gratidão e, principalmente: resultados concretos em termos de impacto para a sociedade. Impacto que eu digo de novos negócios, setor industrial sendo modificado e dinamizado através das startups, de geração de emprego, faturamento, renda, impostos, que é o que o setor produtivo faz o que há de melhor para contribuir para a sociedade”, explica.

Filipe Cassapo, que fez parte do quadro de colaboradores do Sistema Fiep e acompanhou por anos o andamento da aceleradora, parabeniza a instituição pela energia, constância e pelo foco em fortalecer a nossa indústria para melhorar a vida das pessoas. “Ter feito esse trabalho e ter mantido esse trabalho da aceleradora ao longo dos 10 últimos anos e ter revelado tantos talentos vai profundamente mudar o Paraná, o Brasil e o mundo. Quero desejar ao Sistema Fiep, à aceleradora e todos os agentes de inovação do estado do Paraná e do Brasil mais dezenas e dezenas de anos de trabalho com a Fiep e com a aceleradora, para fazerem a diferença”, diz Cassapo.

Aprimorando o ecossistema de inovação

Os anos de história são comprovados com os cases de sucesso. Passaram pelo espaço startups como a Adam Robô, que produz equipamento de teste rápido de visão, em até 5 minutos e com baixíssimo custo que detecta problemas como miopia, hipermetropia, astigmatismo, presbiopia, daltonismo e algumas patologias; Já Entendi, startup de inteligência educacional criada com metodologia própria de aceleração de aprendizado;  Dijkstra, focada em inovações tecnológicas aplicadas à indústria; EdukaMaker, que desenvolve soluções de educação e tecnologia, entre outras.

Gladys Mariotto, CEO e fundadora da Já Entendi, primeira startup acelerada pelo Sistema Fiep, lembra que, quando entraram na primeira turma, pouco se sabia sobre canvas e pitch, por exemplo. “A gente tinha muito menos informações, então a Fiep nos trouxe para esse mundo, nos ajudou a construir a empresa, a pivotar e trazer muitos benefícios”, conta Gladys. Além disso, ela destaca o networking, o apoio e direcionamentos. “A Fiep nos trouxe muitas informações, muita mentoria, muita orientação e isso foi muito importante”.

Por outro lado, a Central de Materiais e a GrowinCo foram startups graduadas nesta quinta (02). William Domingues, da Central de Materiais, conta que escolheram a Fiep por atuarem em um segmento industrial, e que o processo trouxe maturidade à empresa. “A aceleradora trouxe para nós uma maturidade muito grande no quesito de governança. Eles montaram um conselho que nos ajudou muito e a gente ganhou muita maturidade. A empresa se estruturou: começamos com 10 profissionais e hoje temos 38 colaboradores”, relata.

Já Raphael Traticoski, CEO da GrowinCo, conta que nos anos em que a startup foi acelerada pelo Sistema Fiep, teve a receita quintuplicada, equipe triplicada e expansão da atuação de 20 para 41 países. “Para mim o grande legado do Sistema Fiep vai ser a construção de nossa visão, missão e valores, que nós escrevemos aqui através da mentoria de todos os conselheiros do Sistema Fiep. Ter essa graduação hoje é mais um passo bastante importante rumo àquilo que a gente quer, que é ser reconhecida como uma solução global para melhorar grandes problemas da indústria”, comenta Traticoski.

Para fotos do evento, entre aqui.

Próximos passos

Em 2021 a atuação foi ampliada para o Programa de Aceleração de Scaleups, voltado para empresas com crescimento médio de 20% nos últimos 3 anos, comprovado com a apresentação da DRE ou com produto consolidado no mercado. Participando do programa a empresa estará conectada também ao Programa Habitat Senai Corporate, facilitando a parceria entre as empresas habitantes e as startups e scaleups.

O espaço ainda tem programas de inovação aberta, hackathons, desafios de startups e pitchdays de apresentação de startups a empresas. Para saber mais sobre a aceleradora, acesse https://www.senaipr.org.br/tecnologiaeinovacao/aceleradora/.