Com o objetivo de estimular as micro, pequenas e médias empresas do Paraná a darem um salto na produtividade, foi realizado nesta quinta-feira (18), o Road Show do Brasil Mais Produtivo. O evento aconteceu no auditório do Sebrae e contou com a participação de Evaldo Kosters, 1º diretor financeiro da Fiep, César Rissete, diretor técnico do Sebrae, Rafael Wandrey, coordenador de relações com o mercado da EMBRAPII, e Marcos Bruno, representante da Finep da regional Sul.

Durante a abertura do evento, Kosters destacou a importância do programa para os empreendedores do estado. “O Brasil Mais Produtivo surge em um importante momento em que precisamos unir esforços para elevar os indicadores de produtividade do país, especialmente no estado do Paraná.”

Segundo Kosters, dados da Confederação Nacional da Indústria revelam que a produtividade da indústria de transformação caiu 7,9% entre 2019 e 2021. Além disso, 31% das indústrias brasileiras não utilizam nenhum tipo de tecnologia digital. “E o que nós estamos falando hoje é de evolução, de qualificação, de melhoria do ambiente de produção, então este programa é de extrema importância para qualificarmos e melhorarmos a indústria”, afirmou.

César Rissete reforçou o potencial do programa para melhorar os indicadores de produtividade das indústrias do Paraná, que têm significativa representatividade no cenário nacional. “No Brasil Mais Produtivo, há ganhos de acima de 20% de produtividade em menos de quatro meses de intervenção. Então, de fato, é um programa que tem muito a contribuir”.

Integração entre agentes inovadores

Para Matheus Campos, representante do Sebrae Nacional, o evento foi enriquecedor ao mostrar a integração entre as entidades parceiras do programa e os cases de sucesso. “Os cases trazidos para a apresentação foi o grande diferencial, porque, pelo ponto de vista do empreendedor, podemos demonstrar os benefícios alcançados, as dificuldades encontradas e as soluções aplicadas, o que ressoa muito com os participantes no auditório que querem entender mais sobre o programa”, explicou Campos.

Francisca Rangélia Camelo Coelho, representante do departamento nacional do Senai, acredita que com a apresentação do programa no Paraná haverá uma procura ainda maior pela iniciativa. “No Paraná já estamos com mais de 300 atendimentos. Acredito que agora haverá uma aderência ainda maior. A meta do Senai aqui no estado é realizar mais de 450 atendimentos em 2024”, conta.

Salto na produtividade

Durante a apresentação de um case do Senai, Nicolás Hugo Paoloni, representante da Barbieri, compartilhou o impacto positivo do programa na empresa. “Resolvemos um problema de layout que impactava a produtividade de um gargalo em um produto específico. Com isso, obtemos um aumento de 33% na produtividade horária, o que resultou em um aumento de 35% no volume produzido por dia. Também melhoramos a gestão da qualidade”, afirmou Paoloni.

Ele acrescentou que, com o layout mais eficiente, houve uma redução de 10% no índice de refugos de peças não conformes. “Os resultados foram muito expressivos, mas o mais importante foi a aquisição de conhecimento pela equipe, que desenvolveu um senso crítico de melhoria contínua”, destacou.

Dirlana do Pilar Gonçalves, da empresa “Bolinhos Serra do Mar”, em Antonina, compartilhou seu otimismo com a participação no programa. “Nosso objetivo é crescer e desenvolver nosso produto da melhor maneira possível com a consultoria”, disse.

Fabiano Scheer Hainosz, gerente sênior de tecnologia e inovação do Senai Paraná, mencionou o propósito da instituição. “A expectativa é que, com o Brasil Mais Produtivo, possamos dar um salto de produtividade, impactando diretamente a sociedade, a economia e o PIB. Com mais de 50 mil indústrias no estado do Paraná, um ganho de 20% a 30% em produtividade, terá um impacto significativo”, concluiu.