Você sabe para que servem os inventários de efeitos estufa? o que é biochar? e qual é a importância do hidrogênio verde para a descarbonização da economia global? Gleiciane Fernanda de Carvalho Blanc tem respostas para todas essas perguntas. 

Mãe, pós-graduada, mestre em engenharia ambiental e coordenadora de PDI no Instituto (IST) de Meio Ambiente e Química, Gleiciane já atuou e atua em diversos projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, publicou artigos científicos e teve a oportunidade de interagir com diversos profissionais das mais diversas formações.

Nesta sexta-feira, 8 de março, comemoramos o Dia Internacional da Mulher, e para nos inspirar nesta caminhada, onde as mulheres representam 43,7% dos pesquisadores brasileiros, de acordo com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), trouxemos a história desta profissional, uma entre tantas outras, que representa a potência das mulheres em ambientes de tecnologia e inovação. Confira!

Casada e mãe de dois filhos pequenos, Gleiciane tem uma rotina intensa tanto no trabalho quanto em casa e, para conseguir conciliar tantas tarefas, preza pela organização com foco no que é prioritário, para assim, ter momentos de descanso de qualidade. Pilates e atividades ligadas ao contato com a natureza são algumas das atividades que gosta, no entanto, atualmente tem assistido a filmes ou séries e eventualmente, apreciado a leitura de um bom livro.

Apaixonada e idealista 

Na escola, Gleiciane sempre teve muita facilidade na área de ciências exatas e viu na Engenharia Ambiental a oportunidade de focar o seu conhecimento em ações em prol da melhoria do mundo em si.

“Desenvolver soluções para melhorar a qualidade ambiental e garantir a conservação da natureza sempre foi um propósito em minha vida profissional. Sou idealista em acreditar que posso promover ações para melhorar o mundo ao mesmo tempo em que sou realista para buscar o desenvolvimento do mundo de modo mais sustentável”, afirma a coordenadora do IST Meio Ambiente e Química. 

Desafios enfrentados na carreira 

De acordo com a profissional, a área de engenharia como um todo é majoritariamente ocupada por homens, já a vertente ambiental não necessariamente. Entretanto, segundo ela, a colocação profissional de uma engenheira ambiental em ambiente industrial tende a ocorrer com resistência pela maior mão-de-obra ser masculina. 

“Tenho colegas de profissão que foram altamente hostilizadas por serem mulheres e tratarem de temáticas como a gestão de resíduos em ambiente fabril”, conta. 

Por ser uma jovem mulher na área de pesquisas tecnológicas, Gleiciane conta que também vivenciou alguns episódios em sua carreira, onde homens de cabelo branco argumentavam e testavam seus conhecimentos.

“Nessas situações busquei sempre uma postura profissional e assertiva, deixando claro minha base de conhecimento e minha posição profissional, confiando na minha capacidade de defender meu ponto de vista de forma técnica, sem julgamentos”.

Propósito profissional 

Com uma trajetória de mais de 10 anos de experiência, Gleiciane está sempre atenta às oportunidades de conhecer as dificuldades das indústrias paranaenses, assim como as oportunidades de melhoria sobre os aspectos ambientais.

 “Dessa forma consigo alinhar meu propósito profissional com as demandas industriais, oportunizando soluções sustentáveis na busca contínua por um mundo melhor”, finaliza.