Alexandre Gonçalves Cordeiro Neto, analista de PDI do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ), ganhou o primeiro lugar do 22º Prêmio Abrafati de Ciência em Tintas, da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas. A conquista, reconhecida nacionalmente, veio pelo trabalho “Óleo de tungue microencapsulado como inibidor de corrosão natural versus fosfato de zinco. Avaliação comparativa: Performance e proteção anticorrosiva em tinta alquídica industrial monocomponente”.

O projeto, que foi um desdobramento do trabalho de mestrado de Alexandre realizado na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), trata-se do desenvolvimento de um novo inibidor de corrosão natural feito com óleo de tungue, um fruto cultivado no Sul, microencapsulado. “Meu objetivo com o projeto foi testar esse inibidor de corrosão natural (ecofriendly) em comparação com o fosfato de zinco que é o inibidor mais usual do mercado (porém envolve metais e são prejudiciais ao meio ambiente dependendo da situação). A ideia foi trazer o tema de sustentabilidade também quando decidi testar o material. Através disso consegui excelentes resultados de performance e proteção anticorrosiva”, conta Alexandre Cordeiro.

O Prêmio Abrafati de Ciência em Tintas, de acordo com o site da iniciativa, foi criado em 1987 para incentivar a pesquisa e contribuir para o desenvolvimento tecnológico da indústria de tintas no Brasil, estimulando também a maior integração entre a universidade e a indústria. “É uma honra poder ser agraciado com o primeiro lugar nesse concurso, que é sem dúvida o mais importante e tradicional do Brasil na área de Coatings. Trabalhar com revestimentos inteligentes é um grande desafio e uma grande paixão, porque trata-se de um conceito que transita e explora grandes áreas do conhecimento como a síntese de novos materiais, polímeros, eletroquímica aplicada e a corrosão. E isso fez com que eu me apaixonasse por essa área e pela pesquisa aplicada e receber esse prêmio veio como uma prova que sigo no caminho certo”, diz o analista.

A inovação é o melhor caminho para o desenvolvimento e crescimento da indústria, segundo Neto. “Com certeza não é mais fácil nem tão pouco o caminho mais barato, mas a pesquisa aplicada precisa ser explorada sem medo, e ter incentivos como esse que a ABRAFATI faz todo ano é algo realmente de extrema importância para todo o ecossistema industrial e acadêmico. Reflete em resultados para a sociedade”, conclui.

O analista compõe a equipe do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ), que tem entre as competências o segmento de revestimentos inteligentes. “Isso mostra como o corpo técnico é competente para desenvolver tecnologia de ponta à nível internacional”, lembra o colaborador.