Instituto de Planejamento de Cascavel inova e muda forma de projetar com implementação do BIM
A indústria da Construção Civil vem se reinventando e o BIM (Building Information Modeling), forma de organizar e estruturar os processos da área, é uma das tecnologias que estão auxiliando a alavancar o segmento através da inovação. A ferramenta alia simulação do ambiente construído e de custo, cronograma de execução e outras possibilidades. O Instituto de Planejamento de Cascavel (IPC), da Prefeitura Municipal de Cascavel, começou a implementar a ferramenta em fevereiro de 2019 e deu início a uma mudança na forma de projetar. Os especialistas do Instituto Senai de Tecnologia (IST) em Construção Civil auxiliaram a instituição na implantação.
“Sempre foi a intenção do Instituto buscar melhorar os resultados. Os engenheiros e arquitetos do setor de projeto buscam constantemente melhorar os seus projetos, para que o resultado, a obra, possua o menor número de problemas relacionado aos projetos que seja possível”, esclarece Anderson Victor Alberti, engenheiro civil do setor de Projetos do IPC. Ele conta que o processo começou com uma entrevista individual para entender como os projetos no Instituto se desenvolviam e qual o grau de maturidade BIM que cada projetista estava. Após isso, foram realizados workshops para ensinar conceitos da metodologia BIM e entender quais seriam as mudanças no fluxo dos processos e das informações que a implantação da metodologia traria e exigiria. Em seguida, foi definido como seria realizado o projeto piloto, delimitada uma equipe e determinado qual projeto seria eleito para o piloto.
Semanalmente foram realizadas reuniões colaborativas, quando os especialistas, juntamente com os consultores do Senai no Paraná, apresentavam os avanços do projeto, as dificuldades e as metas para a próxima semana. “Esse processo seguiu até a conclusão de todos os projetos das disciplinas que estavam previstas para o projeto piloto, incluindo a retirada de quantitativos, a geração de pranchas, compatibilização, orçamentação e geração dos demais documentos”, esclarece Alberti.
O resultado da implantação, segundo o engenheiro, foi um grande amadurecimento da equipe de profissionais em relação ao BIM, aprendendo conceitos, alterando rotinas de trabalho e adquirindo novos softwares para a modelagem.
Veja como foi uma das etapas da implementação:
Histórico que faz a diferença
Alberti conta que a experiência do Senai fez a diferença no processo. “O Senai foi imprescindível na implantação do BIM junto ao Instituto”. Ele conta que, após uma análise inicial, foi identificado que a implantação necessitaria de orientação de pessoal especializado no assunto, principalmente porque o BIM não é apenas um software e não há uma única solução para a adoção. “O Senai orientou o Instituto na busca das soluções que melhor atendiam às nossas necessidades e peculiaridades. Ter o Senai como parceiro fez com que a implantação ocorresse de forma tranquila. O fato de o Senai já ter um histórico de implantação em outros órgãos públicos auxiliou a moldar o processo de implantação mais facilmente à realidade do Instituto. Acredito que sem a expertise dos envolvidos do Senai, a qualidade do resultado atingido pelo Instituto teria sido diferente”, lembra o especialista.