Kinebot embarca para Nova York pelo Programa de Internacionalização
Em 2020, pouco antes da pandemia, sócios de uma empresa focada em visão computacional participaram de uma rodada de negócios promovida pela Fiep. Lá, conheceram o dono de uma empresa de ergonomia com mais de 20 anos de atuação.
Daquele primeiro encontro nasceu a Kinebot. Juntos, os sócios Alison Alfred Klein, Caue Marinho, Leonardo Felipe Grandi e Rodrigo Araujo Fiuza Lima desenvolveram um software que, por meio da visão computacional, identifica os membros do corpo, extrai 30 ângulos por segundo de cada, realizando todas as análises, não só biomecânicas, mas também de outros riscos que fazem parte de uma análise ergonômica, atendendo à NR-17.
De lá pra cá muita coisa mudou, incluindo a entrada para a Aceleradora do Habitat Senai em novembro de 2022. “A entrada na Aceleradora foi um marco pra nós”, define Cauê Marinho, um dos sócios da startup. “Sempre quisemos estar na Fiep por vermos possibilidades que vão além da mentoria, de direcionamento de negócio, mas também de conexão com a indústria.”
Nesses quase dois anos, já assinaram com grandes empresas do segmento, como New Holland, Tramontina, John Deere e outras fora do Brasil. “Por ser uma solução associada às ISOs, é global, então chegamos à Colômbia, Peru, estamos em processo de fechamento no Chile e, ainda, nos preparando para a entrada nos Estados Unidos, por meio de um programa da CNI”, conta Cauê.
Foi justamente na Aceleradora que eles ficaram sabendo do Programa de Internacionalização e foram uma das sete startups brasileiras selecionadas para participar. Entre abril e maio eles passaram por mentoria especializada em vendas com foco no mercado norte-americano e em oratória para alinhar o discurso com os investidores de lá. Dia 17 de junho eles embarcam para Nova York para reuniões presenciais, onde colocarão em prática tudo o que já desenvolveram nas mentorias.
Ao longo de mais de 10 anos, a Aceleradora do Habitat Senai já acelerou e graduou mais de 40 empresas. Hoje, 27 startups estão lá, seja como residentes ou conectadas. “O grande valor que as startups veem na Aceleradora do Habitat Senai é a conexão com a indústria, pois têm oportunidade de estar em contato diariamente, seja por uma visita nos corredores, ou por um evento promovido por nós”, afirma Patrícia Garcia Martins, gerente do Habitat Senai.
Par entrar, é preciso ter CNPJ, uma solução ligada à indústria e passar por uma banca de seleção que começa com cadastro no site. As selecionadas podem ficar até dois anos da Aceleradora do Habitat Senai com a possibilidade de prorrogarem o período por até cinco anos como scaleup.
“Até o final deste ano temos a meta de chegar a 40 startups na Aceleradora”, revela Patrícia, lembrando ainda que quando a infraestrutura do Parque Tecnológico da Indústria começar a funcionar, em 2024, haverá espaço para novas startups com soluções para mobilidade inteligente trazerem suas produções para o parque.
Saiba mais em www.senaipr.org.br/tecnologiaeinovacao/aceleradora