A busca por um produto diferenciado no mercado nacional, com alta qualidade e baixo custo, fez com que a Mineração São Judas procurasse os serviços especializados e os laboratórios do Instituto Senai de Tecnologia em Celulose e Papel. O objetivo era o desenvolvimento de um talco com alto teor de pureza e brancura, comparável aos produtos importados, porém, com preço acessível para as indústrias do setor de celulose e papel.

Com o suporte da equipe técnica e da infraestrutura do Senai, o novo produto foi desenvolvido, utilizando um processo de purificação, por meio de etapas de flotação e branqueamento. O talco obtido com esse processo passou por validação através de testes comparativos feitos com produtos importados.    

O produto final foi aplicado de três maneiras diferentes:

1. Como aditivo para inibição de resina da polpa celulósica, que gruda em máquinas e equipamentos caso não seja feita a aplicação de talco. A resina, que tem origem na madeira, não é retirada pelo talco, mas ele diminui a sua aderência evitando que ela grude nos maquinários e telas de fabricação de papel.
2. Paralelamente, neste projeto o talco foi aplicado como um revestimento do papel para aumento de alvura, sem perder as propriedades de resistência e de impressão.
3. Adicionalmente, o talco foi aplicado em papéis de impressão para melhoria das características ópticas de impressão em comparação com o tradicional carbonato de cálcio dos concorrentes.

Os ensaios serviram de base para que a empresa investisse em nova planta de beneficiamento do talco, apostando nos resultados laboratoriais realizados pelo Instituto Senai de Tecnologia em Celulose e Papel, juntamente com outros institutos da rede Senai como o de Mineração, localizado em Minas Gerais, que participou dos ensaios de flotação e lixiviação iniciais.