Nacionalização da produção das baterias de íons-lítio fortalece mercado de veículos elétricos no Brasil
Com a conscientização mundial sobre a necessidade de reduzir a emissão de gás de efeito estufa para proteger o meio ambiente, torna-se indispensável reduzir cada vez mais o número de veículos com motor a combustão, já que estes são as principais fontes de poluição. Uma das tecnologias limpas que podem auxiliar muitos países com esta missão é a bateria de íons-lítio do tipo NMC, que já vem sendo empregada em veículos elétricos e, atualmente, é trazida de fora do país.
As baterias de íons-lítio tipo NMC (Níquel, Manganês e Cobalto) são utilizadas principalmente em veículos elétricos e estão sendo desenvolvidas no Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica. A química de NMC é desenvolvida para produzir energia durante centenas de quilômetros, sendo utilizada em veículos elétricos de longa distância. Além de oferecer uma alta densidade de energia, o padrão oferece um potencial de operação de cerca de 3,7 Volts. A expectativa de vida do material é superior a 500 ciclos, o que corresponderia a 3 anos de uso, em média.
Não há fábricas que produzam este modelo no Brasil, o que acaba elevando o valor deste tipo de veículo em escala nacional. Entretanto, várias empresas brasileiras, multinacionais e startups já estão iniciando o movimento de nacionalização produção das baterias íons-lítio, já que o país dispõe de uma grande quantidade de recursos disponíveis em seu território.
O principal objetivo do ISI Eletroquímica é criar um ecossistema sustentável de desenvolvimento e produção desta tecnologia tanto para aplicações em veículos elétricos, quanto para aplicações estacionárias de energia renovável se colocando como ponto focal para as empresas no Brasil. O Instituto atua desde no desenvolvimento de materiais, tais como eletrodos e eletrólitos nanoestruturados, utilizando processos inovadores de síntese escalonáveis; até na reciclagem desses materiais após utilização. Para fortalecer esse segmento industrial, o ISI Eletroquímica investiu recentemente em uma planta piloto de PD&I para produção das baterias íon-lítio tipo Pouch-Cell, que pode ser adaptada para a produção de outros tipos de células (prismáticas e cilíndricas), e montou um laboratório dedicado à reciclagem dos materiais de tecnologia. Assim, reduz os impactos do rejeito desses materiais no meio ambiente e cria uma economia circular sustentável para as empresas do ramo. Deste modo, junto com o Senai Paraná, o Instituto está investindo em infraestrutura de alto padrão, competência e HUB para trazer inovação para a indústria brasileira.
Quer conhecer mais sobre a iniciativa e sobre o ISI Eletroquímica? Assista ao vídeo que preparamos para você.