Geraldo Coelho, pesquisador do Senai Paraná, completa 27 anos de trabalho
São 27 anos de Senai Paraná. Geraldo de Aguiar Coelho, pesquisador do Instituto Senai de Tecnologia em Celulose e Papel, nasceu no interior do Rio Grande do Sul, em Ouro Verde, distrito da cidade de Cambará do Sul, local com 15 mil habitantes. Colorado, filho de pais Catarinas, ele começou a trabalhar cedo. Aos dez anos de idade era relojoeiro até os 17 anos quando entrou a trabalhar na Celulose Cambará. Foi lá que nasceu o gosto pelo trabalho no laboratório e pelo desafio de criar produtos novos, para atender demandas bastante específicas.
“Fiquei lá até os 21 anos quando a empresa me escalou para fazer um curso no Senai, em Telêmaco Borba: Técnico em Celulose e Papel, com duração de um ano e meio. Fiquei empolgado, pois isso equivalia uma alta promoção. Retornaria como supervisor de setor, na Empresa. Chegando ao Senai, ainda lembro, havia uma quadra de vôlei, onde eu podia ver toda a edificação do Senai. Eu estava maravilhado, pois poderia continuar os estudos e aprofundar meus conhecimentos”, contou animado.
Foi em Telêmaco Borba, em 1985, que Geraldo conheceu a esposa Lina, mãe de seu filho Gabriel, hoje com 26 anos. Após o curso, o pesquisador voltou para Ouro Verde, onde trabalhou por mais cinco anos, época em que recebeu uma oportunidade para trabalhar na Klabin de Telêmaco Borba. “Infelizmente às vésperas de começar a trabalhar na empresa, houve um corte grande de pessoal e consequente remanejamento interno de pessoal que acarretou o cancelamento de todas as novas contratações. Tive de procurar uma nova colocação. Abri uma loja de discos e fotos. Minha esposa trabalhava no serviço público, o que ajudou a nos manter na cidade”, explicou.
Na época, Geraldo ainda fez um concurso para empresa de telefonia. Havia duas vagas e ele ficou com a segunda, mas para começar a trabalhar na empresa de telefonia, ele precisou fazer um curso de telecomunicações, em Curitiba, custeado pela empresa de telefonia. Foi um ano de muita teoria em eletroeletrônica, mais seis meses de estágio, para então esperar a efetivação. Neste meio tempo, enquanto trabalhava como autônomo em telefonia, surgiu a possibilidade de trabalhar no Senai, pois seria atendida a empresa PISA – Papel Imprensa S.A, em Jaguariaíva, e estavam precisando de professores. Como Geraldo tinha conhecimento prático e teórico se candidatou à vaga e junto com uma outra pessoa, que se tornou um grande amigo com o passar do tempo, Cassiano, começou a ministrar o curso de Celulose e Papel em Jaguariaíva.
“Ficávamos a semana inteira em Jaguariaíva. Deslocávamo-nos na segunda-feira pela manhã, ministrávamos aulas nos períodos da tarde e noite e então retornávamos para Telêmaco Borba na manhã de sábado. Foi um ano nesta rotina e então o coordenador da Educação me destacou para ministrar cursos “in company” com laboratório móvel que era deslocado para diversas empresas pelo Brasil. Isto permitiu conhecer muitas fábricas, de todos os tamanhos e processos”, disse.
Em 1997 Geraldo começou a faculdade de Letras Inglês/Português, único curso ofertado na época, no Campus de Telêmaco Borba. “Concluí em 5 anos devido faltas motivadas pelas constantes viagens para ministrar os cursos. No ano 2000 comecei a trabalhar com atendimento a empresas, para ensaios e desenvolvimento e pesquisas no Senai de Telêmaco Borba. Em 2008 concluí o curso de Engenharia Química e no ano seguinte, comecei o Mestrado em Meio Ambiente Urbano e Industrial. Em 2015 iniciei o Curso de Doutorado em Química”, detalhou.
Neste mês o pesquisador completou 27 anos de Senai Paraná e não esconde seu apreço “essa casa maravilhosa me proporcionou muitas alegrias, amizades, contatos e conhecimentos. Tenho orgulho de trabalhar com pessoas incríveis, tais como minha grande amiga e coordenadora Adriane Queji, e demais colegas que os considero amigos preciosos. Sou feliz demais”, comemora.