Seminário de inovação industrial reúne especialistas para discutir os rumos da pesquisa aplicada a nível mundial
Com participação de 40 palestrantes, o 3º Seminário Internacional de Inovação Industrial em Eletroquímica (S3IE) reuniu, na última quinta-feira (17) profissionais da área para discutir o futuro da ciência aplicada a nível mundial. Promovido pelo Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ), o evento contou com a presença virtual de dez especialistas estrangeiros, representando países como Luxemburgo, Alemanha, Portugal, Bolívia e outros, além de pesquisadores do próprio ISI-EQ e outras entidades brasileiras. Devido à pandemia de Covid-19, todo o evento foi realizado no formato online, com transmissões ao vivo, de forma gratuita para os participantes inscritos.
A abertura do evento contou com palestra de Latif Ladid, de Luxemburgo, fundador e presidente do IPv6 FORUM e membro do Future Internet Forum (FIF). Antes disso, porém, Paulo Marangoni, gerente do ISI-EQ, ressaltou a relevância da realização do seminário para promover e celebrar a interação entre a indústria e o ambiente acadêmico. “A Eletroquímica está presente em toda a cadeia industrial brasileira. Por isso, a ciência aplicada se torna ainda mais relevante nos dias de hoje, com o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, por meio da expansão do ecossistema de inovação no setor. Aqui no ISI, por exemplo, estamos desenvolvendo e aplicando inovações junto a diversos segmentos, como automotivo, biotecnologia, farmacêutico, alimentos e bebidas, além de óleo e gás”, destacou.
José Antonio Fares, superintendente do Sesi e do IEL no Paraná e diretor regional do Senai, reforçou a importância da parceria entre o Senai e as indústrias para promoção da inovação no setor. “Não há nenhuma outra instituição no país que tenha essa mesma infraestrutura, logística, capilaridade e capacidade de obtenção de resultados que o Senai oferece, sendo o melhor parceiro da indústria brasileira para conduzir qualquer projeto. Além disso, outro diferencial do Senai é quebrar o paradigma de que a inovação é algo restrito a médias e grandes empresas. Aqui no ISI mesmo, temos ótimos exemplos de que as pequenas empresas também podem se inserir nesse ambiente”.
Por sua vez, Marcelo Prim, gerente executivo de Tecnologia e Inovação do Departamento Nacional do Senai lembrou que a instituição já tem 80 anos, sendo fundada em 1942, e desde então sempre esteve se reinventando para apoiar a indústria, principalmente em momentos de crise. “Primeiro, começamos com a formação de mão de obra, que não existia na época. Mais recentemente, percebemos que precisávamos evoluir nessa aprendizagem, por meio da inovação. E o ISI-EQ, inclusive, foi protagonista nesse processo, sendo o primeiro Instituto Senai de Inovação a ser inaugurado no país”, contou.
A opinião de Marcelo foi corroborada por Carlos Eduardo Pereira, diretor de operações da Embrapii. “Entre os projetos desenvolvidos pela Embrapii atualmente, R$ 86 milhões são destinados a iniciativas em conjunto com empresas do Paraná e vários deles contam com a parceria com o ISI-EQ”.
Três temáticas abordadas em um único evento
Ao longo do dia, a programação do S3IE foi dividida em quatro salas, dedicadas a três temáticas diferentes: Smart Materials (desenvolvimento de materiais com melhor desempenho e com funcionalidades diferenciadas frente às demandas da indústria, como revestimentos inteligentes e tecnologias antivirais no combate à pandemia), Smart Bio Sensors (desenvolvimento de plataformas multisensoriais, monitoramento portátil, redução de custos de análises, monitoramento de processos, entre outros) e Smart Energy (desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis para geração e armazenamento de energia, aumento da vida útil, baterias com nanotecnologia embarcada e outros).
Sobre o ISI Eletroquímica
Criado em 2013, o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ) foi o primeiro instituto do Senai a ser inaugurado no Brasil. Com infraestrutura laboratorial e recursos humanos altamente capacitados, realiza pesquisas aplicadas à indústria, desenvolvendo projetos de alto impacto industrial, tecnológico e econômico. Atualmente, é uma unidade credenciada pela Embrapii, oferecendo atendimento nas áreas de Baterias, Revestimentos Inteligentes e Sensores Eletroquímicos. Também atua nas áreas de geração e armazenamento de energia; monitoramento e diagnóstico rápido para bioprocessos; e caracterização, monitoramento e controle da corrosão.