Sistema Fiep viaja até a Europa para firmar parcerias e investir em tecnologia e inovação
Uma viagem repleta de troca de conhecimentos e com foco em cooperações que gerem resultados para o setor industrial. É assim que pode ser definida a jornada do presidente do Sistema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, e do gerente de tecnologia e inovação, Fabrício Luz Lopes, durante os dias em que estiveram em uma missão técnica na Europa. Parcerias foram firmadas com países europeus e em breve novos projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) serão desenvolvidos.
Estes acordos devem ampliar, também, a atuação da indústria paranaense dentro do mercado europeu. Além das parcerias, o período proporcionou imersão em ambientes tecnológicos, o que gerou inspiração para o desenvolvimento do estudo que irá transformar o Campus da Indústria do Sistema Fiep, localizado no bairro Jardim Botânico, em Curitiba, em um parque tecnológico de mobilidade.
O cronograma de implantação do parque ainda está sendo definido, mas hoje já trabalham no projeto cerca de 90 profissionais em quatro grupos de trabalho: Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, Articulação e Infraestrutura, Mercado e Formação de Pessoas. No campus já estão instalados a Aceleradora do Sistema Fiep, uma unidade das Faculdades da Indústria, o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica, o Centro de Produtividade, o Centro de Inovação Sesi, o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) e a Fundação Araucária.
“Nossa missão foi absolutamente técnica e pragmática, buscando parcerias que nos inspirem na criação do nosso parque tecnológico e, mais do que isso, tragam resultados concretos para o setor industrial por meio do desenvolvimento de projetos de inovação que envolvam o Senai, institutos europeus e empresas paranaenses”, afirma o presidente do Sistema Fiep. “Certamente, essa busca por novas tecnologias e processos de inovação vai beneficiar a indústria do Paraná como um todo”, acrescenta.
Alemanha
Carlos Valter e Lopes, visitaram três países durante o período em que estiveram na Europa, em maio deste ano. No primeiro dia de missão seguiram rumo à Alemanha, onde visitaram o Instituto Fraunhofer IPK. A instituição tem milhares de pesquisadores e promove pesquisa e desenvolvimento para toda a cadeia de processos da indústria, com foco na melhoria da competitividade e tecnologias inteligentes. São sete áreas estratégicas de competência e parte da receita é oriunda de pequenas e médias empresas.
Após a visita, a equipe do Sistema Fiep foi recebida pelo embaixador do Brasil na Alemanha, momento em que conversaram sobre o fortalecimento da embaixada como ponte para a ampliação de negócios entre os países. “Com essa conversa, possibilitamos a ida de pesquisadores brasileiros para a Alemanha e ampliamos o desenvolvimento de projetos em parceria, pois nossos profissionais podem ser recebidos no país, trabalharem e executarem projetos de tecnologia e inovação”, explica Lopes. Após a conversa, ambos seguiram para o Fraunhofer ICT, local onde o hidrogênio verde, por meio da geração de energia, é o destaque.
A parceria entre o Sistema Fiep, por meio do Senai Paraná, e a Sociedade Fraunhofer – a mais renomada rede de pesquisa aplicada da Europa – é de longa data. Recentemente o Instituto de Eletroquímica do Paraná foi avaliado pela sociedade e recebeu nota máxima. “Este é o primeiro ISI do país a conseguir a nota cinco em uma auditoria. Isso mostra nossa dedicação e a maturidade que o instituto possui, tanto em tecnologia quanto em equipe. Esse conhecimento nos permite desenvolver projetos de alto impacto”, explica.
Espanha
Localizado em Barcelona, o 22@ também foi visitado pela equipe. O parque tecnológico transformou a região por meio da inclusão de novas funções como habitação, espaços de lazer, educação e cultura. Este é um dos primeiros distritos de inovação do mundo e foi criado em 2000, com o objetivo de criar uma área urbana diversificada.
O 22@ Barcelona é resultado do movimento crescente de pessoas que preferem trabalhar em um ambiente urbano repleto de animação, cultura e que, além de oferecer um espaço de trabalho e pesquisa, também oferece opções de lazer e consumo. Algo que deve se tornar tendência, já que o trabalho e a vida pessoal, hoje em dia, passaram a ser praticamente indissociável. Dentro do local existem grandes empresas, um centro de arte contemporânea, de pesquisa universitária e uma formação especial para empreendedores. Ambiente que chamou bastante atenção, pois tem semelhança com o projeto desenvolvido para o Parque Tecnológico do Sistema Fiep.
Carlos Valter e Lopes foram recebidos por Clemente Soares, embaixador do Brasil na Espanha, durante a viagem. Na oportunidade, abordaram questões estratégicas e de alinhamento de negócios entre os países. “Nesta conversa abordamos missões empresariais, ida de pesquisadores para desenvolvimento de projetos e ampliação áreas de interesse”, detalhou Lopes.
Ainda em Barcelona, o D’Factory – localizado na zona portuária da cidade – também foi visitado pela equipe. Logo depois seguiram para o Instituto Leitat. A possibilidade de abrir um escritório dentro do campus foi discutida e essa parceria deve ser firmada em breve.
Portugal
Por fim, a equipe visitou o AtlanticHub, em Lisboa. Uma empresa que apoia empresários brasileiros na internacionalização de seus negócios para a Europa, a partir de Portugal. O local possui serviços divididos em 4 módulos: Eventos & Missões empresariais, diagnóstico de mercado, Internacionalização e Captação de Investimentos. Cada módulo faz parte de um processo para a entrada completa e assertiva dentro do mercado europeu.
“Acredito que essa viagem trará muitos benefícios. Tendo em vista que firmamos parcerias e demonstramos nosso real interesse de investimento em projetos mais complexos. Outro ponto importante é o fortalecimento da indústria paranaense, já que a parceria firmada com os nossos institutos gera negócios e transferências de competências. Posso dizer que todas as visitas reforçaram a nossa seriedade e a nossa vontade de ampliar nosso conhecimento. Demos um ‘start’, para que a equipe técnica possa escrever e desenvolver grandes projetos”, reforça Lopes.