“Uma tecnologia habilitadora é uma tecnologia que pode conduzir a mudança radical na capacidade de um usuário ou cultura, permitindo a criação de produtos radicalmente novos ou serviços ou processos mais eficientes” (DIISRTE, 2012)

Atualmente, não é mais novidade ou espanto o uso de tecnologias habilitadoras em nosso cotidiano. Essas tecnologias estão ainda mais presentes na indústria, onde tudo começou, principalmente quando a Alemanha lançou um projeto chamado “Industrie 4.0” na feira de Hannover Messe, em 2011, com o foco na produção e fabricação.¹

Hoje, aplicamos as premissas da indústria 4.0 não somente no contexto industrial, mas em logística, armazenagem, reciclagem, energia, transporte, segurança, saúde e outras áreas que adotaram o seu conceito, princípios e tecnologias.

O maior impacto causado pela indústria 4.0 é a necessidade de mudanças com relação à forma como a empresa está acostumada a pensar e agir para realizar os seus negócios.²

E quais são as tecnologias habilitadoras para a indústria 4.0? Apresento a seguir as que eu considero a base para se chegar à indústria 4.0.

• IoT (Internet das Coisas) e Sistemas Ciber-Físicos (CPS): o início de quem quer ser 4.0, a internet das coisas é responsável por conectar máquinas, produtos, dispositivos, veículos, prédios e o que mais a imaginação permitir, utilizando sensores e tecnologias embarcadas. Agora, pare e pense: pelo celular você consegue localizar uma pessoa ou um produto. Pelo computador você é capaz de saber o quanto determinada máquina está produzindo, ou se ela está parada. Com um simples comando pelo computador ou pelo celular é possível ligar ou desligar, assim como aumentar ou diminuir a velocidade de um determinado equipamento. E o melhor: tudo em tempo real!
• Integração de sistemas: por acaso você possui um ERP? E utiliza também um MES? E como você toma a decisão? Verifica primeiro um e depois o outro? É muita informação, né?! E se integrarmos tudo em um único software que mostre de forma visual (gráficos, por exemplo) para facilitar a tomada de decisão? Isso é integrar sistemas, desde os coletores da máquina até um sistema de gestão fabril.
• Computação em nuvem: se você chegou até aqui, deve estar se perguntando onde irá guardar tanta informação gerada pelo IoT, CPS, softwares integrados? A resposta é: usando a computação em nuvem. Você já utiliza o Google Drive ou o One Drive para guardar os seus documentos e arquivos pessoais ou de trabalho? Para a gestão da indústria é a mesma coisa! 

E... como aplicar na sua indústria?

IOT e CPS - Nós, do Instituto Senai de Tecnologia da Informação e Comunicação, desenvolvemos várias aplicações utilizando IoT e CPS. Ajudamos as empresas a implantarem a Manufatura Digital, primeiro passo para a Indústria 4.0. Essa tecnologia permite visualizar em tempo real a quantidade produzida, se há equipamentos parados, se houve algum defeito ou refugo. Uma outra aplicação de IoT e CPS desenvolvida pelo Instituto foi um projeto de inovação que possibilita ligar, desligar e controlar a velocidade de um veículo elétrico por meio de um smartphone. Também desenvolvemos uma coleira inteligente que indica a localização, a temperatura, entre outras informações de um animal no campo.  Por meio de um alerta no celular, o sistema avisa quando o animal ultrapassa uma determinada área, por exemplo.

Integração de Sistemas - O Instituto Senai de Tecnologia da Informação e Comunicação também desenvolve esta tecnologia, que é muito importante para a indústria 4.0. Utilizando o software Power BI (Microsoft), atendemos uma empresa cujo gestor “perdia” 8 horas para gerar um relatório. Isso mesmo, um dia inteiro de trabalho para gerar o relatório do seu ERP, agrupar as informações em planilha eletrônica, gerar gráficos de análise e depois montar uma apresentação. Hoje, ele consegue a sua apresentação em apenas 1 hora e, o melhor, ele consegue realizar várias análises através de um clique.

Computação em Nuvem - Também gostaria de compartilhar um exemplo do uso desta tecnologia pelo Instituto Senai de Tecnologia da Informação e Comunicação. Imagine uma empresa que, para monitorar seus clientes, precise instalar uma estrutura de rede e servidor em cada um deles. E, para complicar a situação, esses clientes estão “espalhados” pelo Brasil. Além disso, imagine o custo de manutenção desses equipamentos. A empresa também precisa de um servidor para receber todas as informações e processá-las. Haja dinheiro, espaço, tempo, equipe. Para solucionar o problema, colocamos tudo em nuvem. No estudo desenvolvido pela equipe do Instituto garantimos, além da economia com toda a estrutura, o mesmo processamento, desempenho, velocidade, confiabilidade do que já existia, com ganhos de escalabilidade, ou seja, a capacidade poderá ser ampliada sem a necessidade de comprar mais máquinas e investir em novas estruturas.

Existem outras tecnologias da indústria 4.0, mas acredito que essas são a base para você começar a sua trilha para a digitalização.

 

Quer aplicar essas e outras tecnologias na sua indústria?

Entre em contato com a gente!

 

1 I-Scoop. Industry 4.0: the fourth industrial revolution – guide to Industrie 4.0. Disponível em: < iscoop.eu/industry-4-0> Acesso em: 02 out. 19.

2 COELHO, P. M. N. Rumo à Indústria 4.0. Coimbra: Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade de Coimbra, 2016.