Foi o Senai no Paraná que abriu as portas para Lucas Constancio Lenzi para o curso de manutenção de computadores. E ali, o até então aluno do Ensino Médio nem imaginava, mas seria o início de um futuro brilhante. “Eu entrei no Senai com uma intenção totalmente diferente do que faço hoje. Estava terminando o Ensino Médio e queria fazer Design Gráfico. Iniciei o curso de manutenção de computadores com a ideia de, futuramente, ao abrir uma empresa de design já saberia fazer a manutenção dos meus equipamentos”, esclarece.
O estudante, que é o representante brasileiro na modalidade Redes de Cabeamento Estruturado da WorldSkills Kazan, maior competição de educação profissional do mundo, entrou no Senai pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e conta sempre gostou muito de arte, seja na música ou no teatro. “Sempre me destaquei nessa área e é algo que, futuramente, pretendo investir em mim. Pode parecer estranho, mas gosto de estudar, aprender me move. Poder ensinar, independente de como, e fazer as pessoas aprenderem me deixa realizado”.
Atualmente, responsável por projetar e construir uma rede física para comunicação de dados e permitir a passagem de sinais elétricos e óticos, Lucas ressalta que conheceu a disputa mundial após um ano de curso no Senai. “Eu conheci a competição através da até então minha professora e agora minha expert Maria Priscianne de Souza Costa. Ela abriu uma seleção para a Olimpíada do Conhecimento, na parte de cabeamento. Como ela já estava me treinando, me apresentou a WorldSkills e desde então comecei a treinar para a seletiva estadual”, acrescenta.
Desse dia em diante, o estudante conta que as experiências foram únicas. “Impossível dizer que isso não mudou e nem vai mudar minha vida, porque tenho certeza que vai. O trabalho é pesado, mas garante resultados ótimos para a vida, tanto profissional quanto pessoal. O Senai só tem me proporcionado coisas boas! Aprendizado, troca de experiências, viagens. Tudo está valendo muito a pena. O esforço é grande, mas tem sua recompensa”, esclarece. Sobre a sensação de ir a Kazan representar o país, o aluno diz que é a melhor possível. “Só de pensar em estar com os grandes já bate aquele friozinho na barriga. Espero e tenho certeza que vou dar o meu melhor para conseguir um resultado ótimo”.
Valorizando as origens
Nascido e criado em Londrina por seus pais, Lucas valoriza suas origens e agradece todo apoio concedido pela família. “Eles não desistem de mim, independente do que eu faça. Na premiação da WorldSkills Nacional, que aconteceu em Londrina na minha unidade, eu tive a presença dos meus pais e a melhor coisa que o Senai já me proporcionou foi uma cena onde eu vi meu pai enxugando as lágrimas quando eu já estava no pódio. Ele que é um pouco fechado, então aquilo foi emocionante para mim e vou guardar sempre”, revela.
Mesmo com o sucesso, o estudante conta que não pretende se mudar tão cedo. “Não pretendo sair de Londrina tão cedo. A não ser que seja algo irrecusável, pretendo construir minha carreira lá”, conclui.